Raquel, uma farmacêutica Brasileira na Alemanha
Sociedade

Raquel, uma farmacêutica Brasileira na Alemanha

Celso Celso Fernandes
22 de agosto de 2014

[Histórias e Trajetórias]

Histórias e Trajetórias

Coletânea de entrevistas com artistas, profissionais, empreendedores e outros figuras da nossa comunidade brasileira na Alemanha.

Meu nome é Raquel, tenho 26 anos (em 2014) e sou farmacêutica. Comecei a minha história com a Alemanha em 2009 fazendo um estágio pelo programa IAESTE. Esse programa me proporcionou uma estadia como pesquisadora estudante na Universidade de Konstanz por três meses. Depois do estágio iniciei meu mochilão pela Europa (verificar situação legal no Escritório de Imigração Alemão – nunca fique ilegal). Durante meu mochilão sozinha pela Europa conheci várias pessoas de diversos países pelo Couchsurfing, peguei carona pelo Mitfahrgelegenheit, participei de passeios turísticos pelo Sandesman e viajei com o ticket EuRail Global Pass. Adorei a minha experiência, apesar de sentir falta da minha família, amigos e da cultura brasileira. Voltei para o Brasil e me senti incompleta. Já era. Sabia que daí em diante minha vida seria entre Brasil e Alemanha.

Hoje compreendo que preciso da ordem e do progresso alemães, mas também da hospitalidade, do aconchego e do carinho brasileiro. São duas culturas que se completam e me completam. Em 2011 voltei para a Alemanha por um mês para fazer um curso intensivo de alemão de férias. Aprende-se mais rápido na Alemanha, mas a turma é formada por alunos de todo o mundo e a metodologia é bem regrada, diferente das aulas com risadas no Brasil. O curso foi caro, mas valeu a pena, pois com o meu certificado consegui em 2012 uma vaga como estudante internacional na Universidade de Freiburg por um semestre e, após receber a carta de aceite e mandar para o CNPq, eu conseguiu uma bolsa pelo programa Ciência sem Fronteiras.

Foi perfeita essa combinação e me senti muito privilegiada, sortuda, feliz! Deu certo! Em Freiburg conheci bem de perto os alemães, a cultura alemã. Algumas coisas eu apreciava, outras não. As aulas eram somente em alemão e os grupinhos alemães são bem fechados no início e só se abrem com o tempo, quando enfim se acostumam com a presença do “novo colega”.

As aulas são em auditórios, com microfones, os professores e os alunos são bem pontuais, os temas difíceis e aulas práticas e seminários bastante exigentes! Passei aperto e muitas vezes me sentia desamparada e sozinha. As coisas aqui são bem mais individualizadas e eles prezam muito a individualidade e a privacidade o tempo inteiro. Em 2013 consegui meu estágio final em uma indústria alemã na Alemanha, a BASF (mandei meu Curriculum vitae em inglês – ou alemão, não lembro – pelo website deles, fui chamada para uma entrevista por telefone e passei na vaga).

No final de 2013, enfim, me formei (após várias greves e intercâmbios) e com o objetivo de começar a minha carreira na Alemanha, em 2014 tirei o visto para procurar emprego (Visum zur Arbeitsplatzsuche) e voltei para tentar arrumar meu primeiro emprego na Alemanha. Não recomendo a ninguém fazer isso. Venha depois de 3 anos de experiência (não venha procurar o primeiro emprego) e com alemão afiado, pois o mercado é muito exigente. De preferência faça uma pesquisa quanto a sua área e procure melhorar o inglês e o espanhol.

Para saber mais sobre cursos de aperfeiçoamento, cursos técnicos na área de farmácia, direito do farmacêutico, vagas de estágio e de emprego na área de farmácia, visite o site da Apothekerkammer (Ordem dos Farmacêuticos) e do Regierungspräsidium (Conselho Regional) do seu estado.

E para mais informações sobre viver na Alemanha: visto para estágio, visto para procurar emprego, reconhecimento de diploma, entrevistas de emprego, dinâmica em grupo, documentos para casamento, sites para procurar emprego, etc. entre nas minhas páginas sociais voltadas para intercâmbio, viagem e tema viver na Alemanha. Espero que ajude! 

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Celso Fernandes
Celso Fernandes
Autor
Engenheiro, empreendedor e programador de fim de semana.  Natural de Petrópolis, RJ. Trinta e poucos anos de idade e há dez anos vivendo na Alemanha. Escreveu o primeiro post no Batatolandia em 2008 e desde então não parou mais.

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