Kölnisch Wasser 4711
Certamente você já ouviu a palavra colônia relacionada a diversas fragrâncias, mas talvez não saiba o que tem a ver com a cidade de Colônia, na Alemanha.
Em mais de três séculos de existência, a água já foi referida como refrescante, cheirosa, luxuosa e até milagrosa. Provando que nada tem a ver com o termo que comumente conhecemos, um perfume com baixa concentração em essência. É justo o seu contrário.
É a marca de perfumes mais antiga do mundo, numa época em que banhos eram esporádicos [ e ainda não são tão frequentes assim xD ], por acreditar-se que a água transmitia doenças.
Encontrou grande espaço no mercado de quem ansiava frischluft, o famoso ar fresco, como se diz em alemão.
E não é qualquer água. Era conhecida como aqua mirabilis [ água maravilhosa ], tornando-se depois Água de Colônia, em homenagem à cidade e é considerada um tesouro cultural de Colônia.
A solução veio de fora, com o imigrante italiano Johann Baptist Farina fundando, que em 13 de julho de 1709, a G.B. Farina, abriu uma loja que logo mudou de endereço e nomes [ detalhes no final ], ganhando fama anos mais tarde como Johann Maria Farina gegenüber dem Jïlichs-Platz [ Johann Maria Farina em frente à praça Jülichs-Platz ].
Em uma carta enviada a Baptist, Johann Maria Farina descreveu o momento da concepção do aroma: "Encontrei um cheiro que me lembra uma manhã na Itália, narcisos da montanha e folhas de laranja depois da chuva. Ele me refresca e fortalece meus sentidos e minha fantasia."
No princípio, os frascos que continham a agradável mistura de cheiros eram um artigo de luxo tão caro que não passavam de um mero sonho de consumo dos proletários. Por isso, há quem diga que a Água de Colônia era o "cheiro dos ricos", oferecendo um aroma fresco e revitalizante, contrastante com os perfumes fortes usados na época, como os à base de almíscar. Por isso, o líquido comercializado pelos Farina foi conquistando a aristocracia, atestando suas qualidades terapêuticas, entre homens e mulheres, no combate ao calor e o stress diário.
Mozart, Beethoven, Napoleão Bonaparte, monarcas da Prússia, da Inglaterra e de Portugal, foram alguns dos clientes famosos da perfumaria Farina. Dizem também que o poeta Johann Wolfgang von Goethe se inspirava com pedaços de pano exalando o perfume, além de um ilustre usuário das Américas, John F. Kennedy.
Nesse maravilhoso edifício em que se encontra o museu, existe um relógio no topo e a cada hora um carrilhão toca uma música. Os passantes aguardam ansiosos para ver o espetáculo, especialmente na época de Natal.
Visitar a loja é uma verdadeira imersão. Da porta você já sente o aroma, que vem de uma fonte, deixando transbordar a fragrância e o despertar de sensações.
Na pequena galeria há um museu com fotos, medalhas, certificados e frascos antigos do perfume. Relatos históricos desta famosa marca estão espalhados nas vitrines do pequeno museu e na entrada da loja.
Algumas dicas dadas aos visitantes [ anota aí ]:
- Existe perfume bom e perfume ruim. O feito com produtos de qualidade e até raros garantem seu sucesso e duração.
- O melhor lugar para passar perfume é nos cabelos, alongando sua permanência.
- O cheiro do perfume se altera de acordo com o sexo e a cor da pele.
- Ao passar perfume, não esfregue. Nosso corpo reage com a fragrância e você terá um resultado diferente.
Onde encontrar por preços mais acessíveis:
Na DM, existem miniaturas da fragrância padrão em torno de 5 euros.
Visitação
De seg a sáb: das 10 às 19 h
Domingo:D das 11 às 16 h
Entrada: 5 euros [ com possibilidade de agendamento de guia em português - verifique antecipadamente ]
Localização
Endereço: Obenmarspforten 21, 50667 Köln
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