Goleada na Copa Muda Forma Como Brasileiros Percebem a Alemanha
Sociedade

Goleada na Copa Muda Forma Como Brasileiros Percebem a Alemanha

Celso Celso Fernandes
23 de agosto de 2015
Há quase 8 anos eu criei o Batatolandia pelo puro prazer de escrever, informar e cadastrar as minhas experiência em um novo país. Meses após os primeiros posts, no entanto, eu descobri que observar as estatísticas do site podia ser tão divertido quanto criar conteúdo para o mesmo. Já perdi conta de quantas horas eu passei comparando os acessos de um mês para o outro e visitando os sites que postam links para o meu. Mais engraçado, ainda, é tentar imaginar que tipo de pessoa chega ao site buscando coisas como "Homem alemão é bom de cama?" ,  "peido Alemão"  ou até mesmo "Que parte da mulher o homem alemão mais gosta?". Enfim... Cada uma destas estatísticas, por mais loucas e absurdas que pareçam, me ajudaram a manter o site crescendo e aos poucos atraindo cada vez mais leitores para a comunidade. Em julho de 2014, no entanto, aconteceu uma tempestade! Horas após a goleada da Copa de 7 a 1 da Alemanha, usuários de todas as partes do Brasil começaram a chegar no site e os acessos diários foram de 100 para mais de mil. Esta tendência durou apenas alguns dias, mas desde então a comunidade tem crescido em ritmo acelerado e eu tenho recebido cada vez mais emails de pessoas interessadas em trocar o Brasil pela Batatolandia. [caption id="attachment_2256" align="aligncenter" width="750"]Estatisticas Alemanha Estatística de acesso do site Batatolandia desde 2013[/caption] Esta cada vez mais claro que a medida que a situação no Brasil deteriora, a demanda por informações confiáveis sobre como viver e trabalhar em outros países aumenta. Se no passado o Batatolandia era visitado apenas por curiosos e mulheres (ou homens :-) ) interessados na salsicha alemã, hoje os visitantes são em sua maioria estudantes e profissionais buscando uma alternativa de vida melhor para si mesmo e para as suas famílias. Desde o início da crise no Brasil, os termos mais buscados têm sido "melhor cidade para se viver na Alemanha", "estudar na Alemanha" e "salários na Alemanha". Por sorte esta mudança ocorre num momento bastante oportuno. Segundo uma matéria da revista Época, nos últimos dois anos, houve um aumento na procura de altos executivos brasileiros por oportunidades profissionais em países da Europa. O motivo, claro, é a fraca economia doméstica “Além das dificuldades em diferentes segmentos. "Há um crescimento na demanda por profissionais brasileiros em cargos de alta gestão", afirma a headhunter Ângela Pêgas, sócia da consultoria suíça Egon Zehnder. Especialmente em companhias para as quais a filial brasileira tem um peso importante no resultado do grupo. “O principal setor é o de óleo e gás”, afirma Angela. “Há hoje a necessidade de gestores que falem português devido à relevância que o Brasil ganhou globalmente.” Nos últimos meses, tenho recebido inúmeros emails de Brasileiros perguntando se estão muito velhos para vir trabalhar na Alemanha. A maioria apresenta perfil qualificado já possuindo, inclusive, experiência no Brasil ou em outros países.  Eu continuo defendendo que experiência/competência superam a idade e o atual cenário parece concordar comigo. Para quem não possui experiência, a Alemanha continua sendo um destino atraente. O preço da educação aqui está bem abaixo daqueles praticados nos EUA e na Inglaterra e a qualidade do ensino é reconhecida mundialmente. Além do mais, a Alemanha tem fome de profissionais qualificados e treinados em universidades alemães e costuma absorver bem a maioria dos profissionais estrangeiros formados no país. Visitantes buscando informações sobre como trabalhar ou estudar na Alemanha, devem ficar atentos nos próximos meses. Estamos fechando um número de parcerias que aumentarão as informações relacionadas a trabalho e estudo na Batatolandia.
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Celso Fernandes
Celso Fernandes
Autor
Engenheiro, empreendedor e programador de fim de semana.  Natural de Petrópolis, RJ. Trinta e poucos anos de idade e há dez anos vivendo na Alemanha. Escreveu o primeiro post no Batatolandia em 2008 e desde então não parou mais.

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